sexta-feira, 8 de maio de 2015

Turismo, uma história de oportunidades

No Dia Nacional do Turismo, comemorado nesta sexta-feira (8), Deborah de Salles, da Agência de Notícias do Turismo, do MTur, conta a trajetória de Valter Patriani, diretor de uma das maiores agências de viagem da América Latina, como viajar transformou sua vida e como o setor evoluiu nas últimas décadas.
E Rita Michelon, presidente da ABBTUR/RS, em mensagem aos seus associados, lembra o juramento que o turismólogo faz em sua formatura e o motivo da escolha da data.

O diretor Valter Patriani tinha 15 anos quando entrou pela primeira vez em um avião, nos anos 70. Saiu de São Paulo com destino a Manaus. O motivo da viagem era justamente o longo tempo sob as nuvens, de mais de três hora. Patriani desejava muito experimentar a sensação de contemplar o Brasil lá do alto. Em terra, lembra-se do passeio de barco pelos rios Negro e Solimões e da compra de uma vitrola vermelha na zona franca da região. O que não imaginava é que aquele voo daria asas ao sonho de outros 20 milhões de brasileiros que, nos anos seguintes, viveriam a experiência de viajar. Hoje, aos 57 anos, de office-boy a vendedor de bilhetes aéreos, Valter Patriani tornou-se vice-diretor de uma das maiores operadoras e agências de viagem da América Latina.
Patriani ganhou a viagem após completar um ano em seu primeiro emprego, em uma das maiores companhias aéreas do mundo, quando ainda era adolescente. Ao ingressar no ramo de turismo, decidiu que queria vender pacotes de viagens nas ruas de São Caetano (SP), passando de porta em porta para promover o destino Brasil aos trabalhadores de grandes empresas.
À época, os destinos preferidos eram Foz do Iguaçu, Rio de Janeiro e as praias do Nordeste. “Essa preferência pelo litoral não mudou: 80% do turismo brasileiro é de sol e mar e, nesse ponto, o Nordeste ainda lidera entre as escolhas dos viajantes”, compara. Ao viajar, de Norte a Sul do Brasil, ricas experiências são agregadas à bagagem do turista. Entre elas, a chance de explorar belezas encontradas em atrativos como praias e dunas, montanhas e florestas, cachoeiras, lagos, rios e mares.
Neste 8 de maio, Dia Nacional do Turismo, a história de Patriani é um exemplo da evolução do setor no país e de como o mercado de trabalho oferece oportunidades para pessoas experimentarem um novo destino. O Brasil, anfitrião da festa, só tem a comemorar: é cada vez maior o número de brasileiros que colocaram o turismo em sua cesta de consumo. Em 2014, por exemplo, mais de 62 milhões de turistas realizaram 206 milhões de viagens pelo país.
Outro fator digno de comemoração para o turismo nacional é que o Brasil avançou 23 posições no ranking de competitividade do turismo, passando da 51ª à 28ª posição entre 140 nações avaliadas.  Os dados foram divulgados ontem (7) pelo Fórum Econômico Mundial. Para o ministro do Turismo Henrique Alves, não haveria presente melhor para o turismo nacional do que a evolução do desempenho do país nesse ranking. “Vamos festejar criando a consciência de que o turismo tem tudo para ser uma agenda importante, econômica, social e política do país. O turismo hoje é o vetor que mais rapidamente gera emprego, renda e atinge todas as camadas sociais”, afirma.


Ainda sobre a data, a presidente da ABBTUR/RS Rita Michelon em mensagem aos associados explica porque da escolha da data, como o Dia Nacional do Turismo:
A mensagem de Rita, presidente da ABBTUR/RS:
Hoje é o dia Nacional do Turismo!
O Brasil precisa ainda avançar muito nesse importante setor, mas nós, como turismólogos temos uma importante missão que juramos no dia de nossa colação de grau: “Prometo dedicar-me à pesquisa e ao desenvolvimento sustentável do turismo; empenhar-me pelo engrandecimento do fenômeno turístico, no Brasil e no mundo; preservar o turismo como instrumento de paz, bem estar e entendimento entre povos e zelar pelos valores éticos da profissão."
Em maio de 2012, a presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou a Lei 12.625/2012 instituindo o dia 8 de maio como o Dia Nacional do Turismo. A data escolhida para a comemoração, que foi incluída no calendário oficial brasileiro, faz referência ao dia 8 de maio de 1916, ocasião em que foi solicitado, pelo Estado do Paraná, que as terras junto às Cataratas do Iguaçu fossem desapropriadas e declaradas de utilidade pública para a criação de um parque. A demanda foi acatada no dia 28 de julho de 1916, com o Decreto Estadual nº 653/1916. Hoje, o Parque Nacional do Iguaçu recebe anualmente cerca de 1,5 milhão de visitantes e constitui um ícone do turismo nacional e mundial. Muitos consideram o dia de 2 de março como dia nacional do turismo, mas desde maio de 2012 a questão foi esclarecida com a publicação da lei no Diário Oficial da União.

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