A
Secretaria Nacional de Turismo e o Consulado Geral do Paraguai na capital
gaúcha promoveram na última terça-feira (25) o workshop “Paraguai-Solo para
Vos” - Experiências que Cativam. O evento realizado no Hotel Viverone, em Porto
Alegre contou com a presença do trade gaúcho: operadoras, autoridades,
agencias, hoteleiros e transportadores do segmento de viagens.
Empresários e dirigentes comemoram com o Cônsul |
Coube ao Consul Geral, Jose
Martinez Lescano, a apresentação de algumas das inúmeras atrações de seu país,
motivando os gaúchos a visitarem o destino.
Segundo a diretora da Secretaria Nacional de Turismo, Dóris Penoni, que coordenou o evento, o Paraguai, como todo mundo, ainda busca se recuperar dos impactos negativos da pandemia sobre o setor turístico. No ano passado, mesmo com uma queda, comparando dados de 2019, 54.500 brasileiros visitaram o Paraguai. “Queremos recuperar nossos visitantes e trazer novos, pois temos um turismo muito diversificado, capaz de atender todo tipo de demanda.Queremos mostrar ao mundo como conservamos nosso patrimônio, nossa cultura e, o mais importante, nossos recursos naturais", finalizou a dirigente.
Dóris Penoni |
Rossana Fustagno apresentando FITPAR |
Alexandra Cubilla |
Associadas da AFEET Brasil prestigiaram o evento
São muitas as atrações turísticas do Paraguai
Das compras à gastronomia, do
turismo pelos rios à cultura as opções são muitas: rotas turísticas rurais, de
natureza e de aventura, pesca esportiva, eventos, grandes shoppings e muito
mais, distribuídos por todo o país.
No turismo rural há muita atenção e cuidado em relação à hotelaria, e a APATUR (Associação Paraguaia de Turismo Rural), tem desempenhado um importante papel na capacitação dos empresários que são orientados a receberem seus hóspede como se fosse um membro de sua família.
O turismo de pesca é um destaque
no país: seus rios Paraguai e Paraná e efluentes são muito piscosos e muitas
empresas atuam nessa área, ofertando barcos, equipamentos, acomodações
(hotelaria) nos principais pontos pesqueiros. Um desses é justamente onde o rio
Paraguai deságua no Paraná, na divisa do Paraguai e Argentina. Logo adiante, o
rio Uruguai encontra o Paraná formando o majestoso Rio da Prata.
Caminho das Missões envolvendo os três países
Christian Vömel, diretor o hotel Papillon, em Bella Vista – Itapúa, e um dos incentivadores da criação e consolidação da Rota Turística Missioneira entre Paraguai, Argentina e Brasil. Ele discorreu sobre a importância dessas Missões erguidas a partir de 1609, quando a Companhia de Jesus iniciou no Paraguai a incrível experiência de colonização e da vida em comunidade. Atualmente, vestígios dessa forma de convivência são reconhecidos mundialmente como Patrimônios Universais da Humanidade Declarados pela UNESCO: Santíssima Trinidad del Paraná e Jesus de Tavarangüe, ambos localizados no Departamento de Itapúa.
Na sua fala, Christian
defendeu com muita firmeza o fortalecimento do circuito envolvendo os três
países como uma rota turística que, segundo ele: “Está pronta, pois nesse
roteiro existe uma infraestrutura de serviços capazes de atender turistas desde
os mais exigentes até os pesquisadores que buscam sempre mais informações sobre
o período dessas missões”.
Christian Vömel |
O Roteiro Jesuítico do Paraguai equivale a um percurso que abrange San Ignacio Guazu, Santa María de Fe, Santa Rosa, San Cosme y San Damián, Santísima Trinidad del Paraná e Jesús de Tavarangüe. Em todas estas cidades se conservam suficientes amostras do que foi esse lapso de 150 anos de presença dos missionários da Sociedad de Jesús no Paraguai. Durante todo esse tempo dedicado à evangelização da população indígena do Paraguai, se desenvolveram conhecimentos na arquitetura, música, canto, escultura, pintura, agricultura, e outras ciências.
Em San Ignacio Guazu, o
Museu Diocesano conserva a mais acabada amostra da arte barroca, as imagens
esculpidas em madeira pelos índios, o emprego das cores e a perfeição de suas
formas e proporções revelam a dimensão da tarefa de ensino e o alto grau de
assimilação dos índios catequizados. Já Santa Rosa conserva parte das construções
jesuíticas como o campanário que até agora serve para convocar os fiéis,
o coty guazu ou casa de índios que cobre toda a quadra, a capela
Virgem de Loreto onde se conservam afrescos e algumas imagens de grande beleza
e valor. Visitas recomendadas e necessárias.
Fotos: Gilberto S Müller