quinta-feira, 31 de março de 2016

Apresentado o Estudo do Impacto Econômico de Viagens e Turismo da World Travel and Tourism

O Observatório de Turismo do RS enviou aos integrantes da Câmara Temática Estudos e Pesquisas  o conteúdo resumido da publicação   “Travel and Tourism Economic Impact 2016” da World Travel and Tourism.
O estudo apresenta os dados, contribuições e desempenho do “Impacto Econômico das Viagens e Turismo referente ao ano de 2015, as perspectivas para 2016 finalizando com as perspectivas de longo prazo para os próximos 10 anos, que aponta que a Tailândia até 2026, passará para o segundo colocado em termos de exportação de visitantes, passando a China e a Espanha.
Impacto Econômico de Viagens e Turismo: 
Atualização Anual – 2016
Dados Principais:
· Em 2015, Viagens e Turismo contribuíram com um total de US$7.2 trilhões para o PIB mundial, representando 9,8% do PIB total.
· O setor manteve 24 milhões de empregos, ou 1 de 11 empregos no mundo.
· Viagens e Turismo cresceram 3,1% em 2015 - o 6º ano consecutivo de crescimento positivo para o setor.
· A contribuição do setor para o PIB está estimada em um crescimento de 3,3% em 2016.
· Viagens e Turismo irá superar a economia global ao longo da próxima década, crescendo a uma taxa média de 4% ao ano nós próximo 10 anos. 

Contribuições 2015:
· A contribuição de Viagens e Turismo para o PIB e empregos em 2015 foi de US$2.2 trilhões (valores de 2015) e 108 milhões de empregos, respectivamente.
· Analisando os impactos mais amplos, incluindo contribuições indiretas e induzidas, a contribuição total de Viagens e Turismo para a economia global em 2015 foi de US$7.2 trilhões (valores de 2015), o que equivale a 9,8% do PIB total. Em termos de empregos, em 2015 Viagens e Turismo manteve 284 milhões de empregos, ou 1 de 11 empregos no mundo.
· 2.5 milhões de novos empregos foram gerados diretamente no setor em 2015, aumentando o número de empregos diretos para 108 milhões. No total, 7.2 milhões de novos empregos foram criados como resultados diretos, indiretos ou induzidos pelo setor.
· A contribuição total de Viagens e Turismo para os empregos cresceu 2.6% em 2015, enquanto a contribuição total do PIB cresceu 3.1% - crescimento mais amplo que a economia global (2.3%) pelo 5º ano consecutivo.
· Em termos de crescimento do PIB, o setor de Viagens e Turismo superou o crescimento de outros setores majoritários em 2015, incluindo o de manufaturas e varejo. Em termos de empregos gerados, Viagens e Turismo superou vários outros setores da indústria em 2015, incluindo serviços financeiros, educação e saúde.
· Em nível nacional, o PIB direto de Viagens e Turismo cresceu acima da economia – em 127 de 184 países abrangidos pela Pesquisa de Impacto Econômico em 2015. Exemplos de economias onde Viagens e Turismo mais notadamente superaram a economia em 2015 incluem Islândia, Japão, México, Nova Zelândia, Qatar, Arábia Saudita, Tailândia e Uganda.
· A demanda constante por Viagens e Turismo, juntamente com setores que têm a habilidade para consistentemente superar a economia e serem resilientes aos choques, continuam a destacar a importância significativa e o valor do setor como chave para o desenvolvimento econômico e criação de empregos no mundo. 
Desempenho 2015
· Apesar de continuar a ultrapassar a economia global em 2015, o crescimento do PIB direto de Viagens e Turismo foi mais modesto que em cada um dos últimos 4 anos, registrando crescimento de 3.7%. Em partes, devido ao fraco crescimento esperado da economia global, com o crescimento do PIB em 2015 agora registrados em 2.3%.
· Não obstante, uma série de imprevistos não econômicos tiveram impactos prejudiciais na performance de Viagens e Turismo. Especificamente, 2015 foi marcado por grandes ataques terroristas em países que incluem Egito, França, Indonésia, Quênia, Nigéria, Tailândia e Tunísia, que abalaram a confiança nas viagens a nível mundial bem como a esses destinos. Em adição, a proibição de voos da Rússia para o Egito e Turquia (ainda que na última parte do ano), e o surto de MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) na Coréia do Sul impactaram negativamente a desempenho desses destinos em 2015.
· Mais além, Macau, que foi a 4ª maior economia em gastos globais em 2014, performou um ano bastante enfraquecido em 2015. As repressões à corrupção e lavagem de dinheiro na China, e a crescente competição de outros cassinos na Ásia contribuíram para a queda de quase um terço na entrada de gastos com Viagens e Turismo. Outros destinos asiáticos apresentaram contrações na entrada de gasto com Viagens e Turismo Internacionais e contribuíram assim, para a desaceleração nos Gastos Internacionais com Viagens e Turismo incluindo Hong Kong, Malásia e Singapura.
· Como consequência desses fatores, a chave para o desenvolvimento em 2015, rompendo a tendência observada por grande parte da última década, é o enfoque a Viagens e Turismo Doméstico onde o crescimento dos gastos foi de 2,9%, ultrapassando o crescimento dos Gastos com Viagens e Turismo (2,4%).
· Mesmo com a expectativa do baixo crescimento esperado do PIB das Viagens e Turismo em 2015, vários outros indicadores refletiram a forte performance de Viagens e Turismo em 2015. O desempenho dos Hotéis foi forte, com altas taxas de ocupação, taxas médias diárias e receita por quarto disponível indicando forte ano para todas as regiões do mundo, com exceção do Pacífico Asiático e Oriente Médio. O tráfego de passageiros aéreos globais cresceu até 6.5% em 2015 como um todo - o ritmo mais rápido desde a crise financeira global que repercutiu em 2010 e bem acima da média de crescimento anual de 10 anos de 5.5%. Contribuíram para esse forte crescimento as baixas taxas aéreas - caíram aproximadamente 5% em 2014 devido, em grande parte ao declínio no preço do petróleo. A chegada de passageiros internacionais cresceu até 4.4% em 2015, um pouco acima do resultado de 2014 de 4.2%, de acordo com a UNWTO. Porém, a pressão para baixo da média foi identificada na exportação de visitantes pelo mundo chegando a 2.4% em 2015 se comparada a 4.0%, em 2014.
· Todas as sub-regiões do mundo vivenciaram crescimento no total do PIB de Viagens e Turismo em 2015. O Sudeste Asiático experimentando o maior crescimento de 7,9%, à frente da Ásia do Sul (7,4%). Eles são seguidos pelo Oriente (5,9%), Caribe (5,1%), África Subsaariana (3,3%), América do Norte (3,1%), Europa (2,5%), Nordeste da Ásia (2,1%), América Latina (1,5%) e Norte de África (1,4%).
· Durante a última década, a Ásia tradicionalmente tem apresentado o mais rápido crescimento em termos mundiais na contribuição da região do PIB em Viagens e Turismo. Entretanto, em 2015 o crescimento desacelerou consideravelmente para 3.7% de 6.7% em 2014. Isto foi primariamente devido à fragilidade no nordeste da Ásia, notavelmente em Macau, bem como Hong Kong, Taiwan e Coreia do Sul. A fragilidade do nordeste da Ásia foi, apesar do crescimento espetacular na saída de despesas turísticas da China em 2015, atingindo em 67% para o ano de Setembro de 2015 em termos nominais de dólares. As chegadas internacionais do Japão cresceram 47% em 2015, com as receitas internacionais subindo 36% em termos nominais de dólares. Em contrapartida, os turistas chineses parecem estar demostrando uma preferência para viajar fora da região especialmente onde o visto foi facilitado. A Europa tem visivelmente se beneficiada com o forte número de visitantes chineses, os principais destinos são o Reino Unido, a Alemanha, ao lado de outros destinos emergentes, como a Islândia. Da mesma forma, na Oceania, Austrália e Nova Zelândia têm continuado a apresentar um forte crescimento no recebimento de turistas chineses.
Perspectivas para 2016:
· Houve uma redução nas expectativas para o crescimento do PIB direto do setor de Viagens e Turismo para 2016, em comparação com a previsão relatada em 2015. Espera-se agora crescer 3,3%. Estando de acordo com revisões macroeconômicas (o crescimento do PIB mundial previsto para 2016 reduziu de 3,1%, no ano passado para 2,8% com as recentes previsões). Apesar dessa baixa, o crescimento do setor de Viagens e turismo ainda é esperado que ultrapassasse o crescimento econômico global pelo sexto ano consecutivo.
· O crescimento em 2016 de 3,3%, em comparação com 2,8% de 2015, será sustentado por melhoras nas finanças domésticas, ajudado pelos preços mais baixos do petróleo em mais de uma década. Espera-se que esses preços persistam ao longo de 2016, e juntamente com tarifas aéreas mais baixas, irá apoiar o crescimento contínuo de viagens internacionais. No entanto, enquanto a evolução dos preços do óleo deve ser positivo a um nível global, para o setor de Viagens & Turismo, em alguns países exportadores de petróleo, os investimento das empresas, os gastos do governo e o emprego no setor de extração têm apresentado retração. Isto levou a volatilidade nos mercados e mais fraco desempenho econômico nestes países, no curto prazo que irá refletir no setor de Viagens & Turismo como um todo. Isto tem posto em questão o paradoxo de saber se os preços baixos do petróleo são bons ou ruins para a economia global. No entanto, em médio prazo, preços mais baixos do petróleo devem ter um claro impacto positivo sobre a economia mundial, e, por extensão, para o setor de Viagens & Turismo, uma vez que os negócios e os consumidores se adaptam ao ambiente de menor preço no petróleo.
· Para todos os componentes principais de Viagens & Turismo são esperados registrar um crescimento mais rápido em 2016 do que em 2015. O investimento deverá crescer 4,7% em 2016, enquanto Viagens e Turismo nacional e internacional deverão crescer 3,3% e 3,0%, respectivamente. O crescimento das despesas de Viagens e Turismo Domésticas é novamente esperado que reverta a tendência de longo prazo, ultrapassando gastos internacionais em 2016, antes do crescimento da despesa internacional que novamente irá exceder o crescimento da despesa doméstica a partir de 2018.
· A força do dólar em relação a outras moedas vai continuar a influenciar as tendências de viagem em 2016. Os EUA, e outras economias com moedas atreladas ao dólar norte-americano, incluindo destinos como Hong Kong, Qatar, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, permanecem como destinos turísticos relativamente mais caros, entretanto o poder de compra internacional de seus moradores é ampliado. Os principais mercados de destino para viajantes dos EUA, incluindo o resto da América e Europa, vão continuar a desfrutar o maior benefício como turistas ao procurarem as opções de viagem mais acessíveis.
· Para todas as regiões é esperado um crescimento direto do PIB de Viagens e Turismo em 2016, com exceção da América Latina (-0,5%). O Brasil, que é a maior economia da região, respondendo por cerca de metade do PIB de Viagens e Turismo da América Latina, é esperado que continuasse a lutar contra problemas estruturais, e reduzir as perspectivas para a região como um todo. Contudo, a fraca perspectiva do Brasil torna melhor as perspectivas para destinos como Chile e Colômbia, onde é esperado crescimento robusto em 2016.
Perspectivas de longo prazo 2016 -2026
· O setor de Viagens & Turismo deverá crescer, em termos de contribuição para o PIB, em média 4% por ano nos próximos dez anos, continuando a superar a economia global ao longo do período da previsão. A divergência de crescimento do PIB entre toda a economia e o crescimento direto entre Viagens e Turismo deverá aumentar para 1,4 pontos percentuais nos últimos anos, devido aos componentes de Viagens & Turismo continuarem a crescer mais rapidamente, em contrapartida aos termos macroeconômicos, entre os outros setores.
· Em 2026, Viagens e Turismo é esperado manter 370 milhões de empregos em nível mundial, o que equivalerá a 1 em 9 de todos os empregos no mundo.
· O Sul da Ásia, por alguma distância, será a sub-região que mais crescerá no crescimento total do PIB de Viagens e Turismo em longo prazo para 2026 (7,1%), assim como a Índia (7,5%), que ultrapassará a China (7,0%). A próxima camada de sub-regiões, com crescimento de 4% a 6% no total do PIB de Viagens e Turismo, incluem o Sudeste da Ásia (5,8%), seguido pelo Nordeste da Ásia (5,6%), África Subsaariana (5,2%), Oriente Médio (4,9%) e Norte da África (4,2%). Enquanto isso, o crescimento na América Latina (3,7%), América do Norte (3,5%), o Caribe (3,4%) e na Europa (2,8%) é esperado estar abaixo da média mundial de 4% ao ano.
· Algumas destas taxas de crescimento regionais devem, no entanto, serem vistas no contexto do desempenho passado. A arrecadação do PIB total de Viagens & Turismo do Norte de África, por exemplo - O crescimento do PIB teve em média crescimento de 2,8% entre 2010 e 2015. Em 2026, o total do PIB de Viagens e Turismo da África só será 33% maior em relação aos níveis de 2010, em comparação com o crescimento no período de 178% para o Sudeste Asiático.
· O mais rápido crescimento dos países do G20 para o PIB total de Viagens e Turismo até 2026 será na China, Índia, Indonésia, México e África do Sul. Entre as economias menores não-G20 estão, o Quirguistão, Myanmar, Tanzânia, Vietnam e Zâmbia em que se espera mostrar o mais forte crescimento.
· De acordo com as previsões do ano passado, para a China é esperado que o crescimento ultrapasse o dos EUA em níveis de investimento no setor de Viagens e Turismo até o final do período de previsão - mas permanecendo atrás dos EUA em termos de arrecadação do PIB total de Viagens e turismo, de arrecadação do PIB direto, de gastos domésticos e na exportação de visitantes.
· A previsão de forte crescimento para a Índia irá impulsioná-la para o Top dez de Viagens e Turismo até 2026, passando de 12º em 2015 até a 7 º posição até 2026, em termos de arrecadação do PIB de Viagens e Turismo. Para outros países espera-se que executem movimentos perceptíveis até a tabela classificativa global do PIB de Viagens & Turismo em que incluem Myanmar, Namíbia, Tanzânia, Uganda, Vietnã e Zâmbia.
· Até 2026, a Tailândia passará para o segundo colocado em termos de exportação de visitantes, passando a China e a Espanha.
· China, EUA, Alemanha e Reino Unido permanecerão os quatro maiores mercados até 2026 em termos de gastos no exterior. Índia, Indonésia e Singapura farão movimentos notáveis no quadro classificatório em níveis de gastos no exterior.
Fonte: Travel and Tourism Economic Impact 2016 
fotos divulgação

segunda-feira, 28 de março de 2016

Ministro do Turismo pede exoneração

O ministro Henrique Eduardo Alves, entregou nesta segunda-feira (28) o cargo de ministro do Turismo, que ocupava desde 16 de abril de 2015. Confira a íntegra da carta enviada para a presidente da República, Dilma Rousseff.
fonte: Assessoria Imprensa do MTur

quinta-feira, 24 de março de 2016

Novas regras para seguro-viagem passam a valer no sábado

“Para seguradoras, viajantes agora terão mais benefícios e proteção” 
A partir deste sábado (26/3) entra em vigor as novas regras do seguro-viagem que foram propostas pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) e já foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).
Pela nova regulamentação, a cobertura médica do viajante brasileiro ao exterior vai ficar mais abrangente. Até aqui, o serviço, em sua maioria, era vendido como assistência de viagem, não efetivamente como seguro. Despesas de tratamentos médicos, hospitalares e odontológicos, inclusive para doenças crônicas e preexistentes, serão obrigatórias para viagens internacionais assim como internação, transporte para o hospital mais próximo e retorno do segurado para sua residência ou ponto inicial da viagem.
Agora o turista não precisa mais ir obrigatoriamente aos médicos e hospitais da rede credenciada do plano de seguro; ele pode ir ao local de sua preferência e ter a certeza de que vai receber o reembolso depois, dentro de sua faixa de cobertura.
Episódios de crise provocados por doenças crônicas e preexistentes passam também a ser incluídas no seguro. Não era incomum os contratos atribuírem um valor menor de cobertura para casos como esses.
O seguro para viagens ao exterior também vai ter de cobrir obrigatoriamente situações como transporte do corpo até o domicílio no caso de morte, o chamado regresso sanitário (que garante retorno especial ao país se o turista não tiver condições de voltar em voos regulares) e remoções e transferências para clínicas ou hospitais mais próximos.
O valor da apólice será equivalente aos gastos por episódio. A ampliação da cobertura não se aplica a viagens domésticas.
Com a mudança, as novas coberturas serão reguladas e fiscalizadas pela Susep, agência responsável pelo setor.
Apesar das vantagens, como as seguradoras estarão oferecendo produtos mais amplos, é possível que haja um aumento de preço.
O que muda para o turista
Mais Cobertura
Despesas médicas, hospitalares e odontológicas passam a ter cobertura de seguro (não mais de assistência, apenas); a Susep, ligada ao Ministério da Fazenda, passa a ser o órgão fiscalizador delas
Traslados Especiais
Traslado de corpo em caso de morte, “regresso sanitário” (em condições especiais) e a remoção e transferência médica também entram obrigatoriamente no seguro
Doenças Preexistentes
Crises provocadas por doenças crônicas e preexistentes devem ser incluídas na cobertura
Lá em Casa
A cobertura passa a ser válida até o retorno do segurado para casa, independentemente do tempo de seguro contratado
Só com Segurador
Seguros só poderão ser vendidos por corretores ou representantes das seguradoras
Mais caros?
As mudanças podem deixar os produtos mais caros –embora isso não seja consenso entre as empresas
fotos: divulgação