“Evento apresentou rituais da cultura tibetana, que trabalham a sabedoria e paz, tocaram o coração e mentes do publico presente”
Abertura do evento com Ogven Shak, o secretario do turismo Ronaldo Santini e autoridades |
A cerimonia de abertura do Losar aconteceu no sábado pela manhã (5), iniciando com um minuto de silêncio por aqueles que perderam suas vidas ou foram fortemente impactados pela pandemia e pelos Ucranianos e Russos que se encontram em conflito.
Sabores, decoração e rituais típicos celebraram a chegada do ano 2149, seguindo o calendário lunisolar tibetano, regido pelo Tigre da Água, que representa coragem e liderança.
O casal realizador do evento Ogyen, natural da região de Kham no Tibet, e sua esposa a gaúcha, natural de Novo Hamburgo, Adriana Shak, falaram do desafio de fazer o evento.
O tibetano Ogyen Shak e o gaúcho tradicionalista Adão Bueno representaram a união das culturas gaúcha e tibetana, com versos e discursos acalorados. Jigme Tsering, que é diretor executivo da Tibet House Brasil, leu a carta enviada para o evento da parte de Sua Santidade Dalai Lama, presidente do Tibet.
Dança Tibetana – Apresentada pelo grupo de dançarinos do CTG Sentinela da Tradição, de Igrejinha |
No encerramento da solenidade de abertura, as autoridades presentes acenderam a grande lamparina, que para os tibetanos, tem o potencial de inspirar e despertar a nossa lucidez interna, que ficou acesa durante todo o evento aberta para participação dos presentes.
O domingo (6) iniciou com o Losar Bike, o pedal da alegria, que partiu da Praça até o Parque das Laranjeiras onde foi erguida a tradicional pirâmide de bandeiras de oração do vento. Os tibetanos acreditam que o vento sopra as preces e símbolos escritos e desenhados nas bandeiras os carrega por toda a parte, tocando as plantas, os águas, os animais, as pessoas e permeando todo entorno com as intenções positivas de saúde, prosperidade e bem-estar para quem as oferece e para os demais seres vivos.
Um dos destaques da programação foi a Oficina Gastronômica com o Chef Ogyen Shak que ensinou o preparo do tradicional Desi, o arroz doce tibetano degustado no Losar e o Painel sobre Cultura Tibetana contou com a participação de Jigme Tsering, do jornalista indiano Shobhan Saxena e do artista butanês Nawang.
Infelizmente um forte temporal obrigou a organização encerrar a programação no sábado e depois no domingo a tarde, mas o que foi mostrado encantou a todos os presentes.
E o desfile de encerramento, chamado “felicidade”, que deveria contar com a participação do público, numa grande manifestação de sorrisos, despertando o bom-humor tão necessário para deixar a vida mais leve ficou para o próximo ano.
Para Adriana Shak, “O Festival foi lindo e com uma energia deliciosa, como tem que ser! Nesta primeira edição apresentamos um pouquinho do que idealizamos para o evento. No próximo ano ele será maior”.
O Losar – ano novo tibetano, contou com um público estimado em seis mil pessoas, é uma realização da Shak Produções, com apoio da Prefeitura Municipal de Três Coroas, Secretaria de Turismo de Estado e Espaço Tibet.
Fotos: Guerreiro/Estrategiacom
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