domingo, 12 de junho de 2016

Privatização de 25 parques públicos é aprovada em São Paulo

"Decisão do governo paulista, causa polêmica e muitas críticas de especialistas"
A semana terminou com muita polêmica, críticas e representações junto ao Ministério Público.O projeto de lei 249/2013, foi aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo no dia 7 de junho é de iniciativa da Secretaria de Meio Ambiente, na época gerida por Bruno Covas, atualmente deputado estadual pelo PSDB. Depois de mais de um ano parado, foi levado a plenário em regime de urgência com o apoio da gestão de Geraldo Alckmin (PSDB).
O seu artigo nº 1 diz: “Fica a Fazenda do Estado autorizada a conceder a exploração dos serviços ou o uso de áreas, ou parte das áreas, inerentes ao ecoturismo e a exploração comercial madeireira, ou de sub-produtos florestais, pelo prazo de 30 anos”.
Dentre as regiões afetadas está o Parque Estadual do Jaraguá, um dos últimos remanescentes da Mata Atlântica na região metropolitana de São Paulo,
O PL define que os interessados à privatização terão que provar capital de, no mínimo, 10% do valor estimado do contrato e de experiência nacional ou internacional na gestão de áreas protegidas. A exploração por madeireiras, só será permitida em áreas de manejo sustentável, passando pela oitiva do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).
Interior da Caverna do Diabo, no parque estadual Jacupiranga, em Eldorado (SP)
A concessionária, também deve garantir a conservação e proteção de espécies ameaçadas, além de favorecer as condições de desenvolvimento social e econômico das comunidades que vivem em torno dessas áreas.
Para Malu Ribeiro, coordenadora de projetos da SOS Mata Atlântica, o projeto não privatiza os parques. “A gente entende que a operação de serviços de turismo, lanchonetes, lazer ou outras atividades que fomentem a visitação e uso da comunidade é extremamente positivo. Sem que o Estado abra mão do caráter e da finalidade pública desse bem”.

No Paraná Projeto começa em julho
Guartelá, em Tibagi, 
Conceder à iniciativa privada o controle de visitações, transporte e infraestrutura de alimentação dos parques e em contrapartida ter retorno financeiro e logístico para preservar o patrimônio natural e ambiental desses espaços. Esses são os objetivos do Plano de Desenvolvimento Turístico e Uso Público em Unidades de Conservação do Estado, do governo do Paraná, que tem início previsto para o próximo mês. A ideia é iniciar as ações até o fim do ano nos parques de Vila Velha, em Ponta Grossa; do Monge, na Lapa; e Guartelá, em Tibagi, além da Ilha do Mel, no litoral. Outras 24 áreas de conservação poderão fazer parte do projeto. Entre as possibilidades de concessão estão a exploração de turismo de aventura e ecoturismo (caminhada, trilhas, rappel e rafting, entre outras) e concessões de serviços como transporte interno e refeições.
O plano tem como base o modelo implantado pelo governo federal no Parque Nacional do Iguaçu. Com vários serviços privatizados, o parque aumentou sua visitação. O caso de Foz é de sucesso e influenciou o modelo de exploração da ilha de Fernando de Noronha.

Zoo e Parque Itapuã na lista das privatizações do governo no RS 
Parque Zoo do RS 
Dentro da política de Parceria Público Privada (PPP) do governo José Ivo Sartori, estuda-se a privatização do Parque Zoológico do Rio Grande do Sul, espaço de lazer, educação ambiental e preservação de espécies e local visitado por gerações de gaúchos. Ambientalistas estão atentos ao projeto. 
fotos: divulgação

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