“Tanto o artista quanto o apreciador utilizam sua visão, sentimentos e experiências de vida para criar e interpretar”
De 18 a 20 de outubro cerca de 50 toneladas de blocos de rochas basálticas, uma das pedras
mais duras da natureza, abundantes na Serra Gaúcha, foram transformadas por dez
renomados escultores em obras de arte.
O II Simpósio
Internacional de Escultores que acontece em Bento Gonçalves/RS tem seu ponto
alto neste final de semana quando um juri seletíssimo irá premiar a obra
vencedora.
Os
participantes do evento Park Chan-Kab (Coreia do Sul); Eric Verhelst
(Bélgica); Constantina Iconomopulos (Argentina); Julio Londoño (Colômbia);
Aquiles Jiménez (Costa Rica); Jean-Claude Lambert (França); Alceo Luiz De Costa
(Brasil); Tanya Preminger (Israel/Rússia); Djordje Cpajak (Sérvia); e Renato
Brunello (Itália), contam com uma sólida e reconhecida carreira
internacional.
Durante 17 dias os escultores e seus blocos de pedras e ferramentas foram
acompanhados pela comunidade, observando curiosa a evolução de cada obra.
O II Simpósio Internacional de Escultores,
uma iniciativa do Instituto Tarcísio Michelon, foi viabilizado através da Lei
de Incentivo à Cultura da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul
(Sedac).
Para Tarcísio Michelon o evento “é um resgate da natureza, pois estas pedras
seriam implodidas, transformadas em cascalhos, sem nenhum valor artístico e
cultural”.
Para o escultor italiano, mas que
reside no Brasil há 30 anos, Renato Brunello, “o Simpósio realizado
assim, em espaço aberto, tira o artista do isolamento da criação”.
A pedra revelando a
alma do artista
Cabe
ao juri composto pelo superintendente
executivo do Instituto Moreira Salles, Antonio de Franceschi, o fundador e
diretor-geral do Projeto Portinari, João Cândido Portinari, o gestor executivo
Pró-Cultura – RS, Rafael Cramer Balle e jornalista
Túlio Milman, apresentador na RBS TV e TV COM e comentarista na rádio Gaúcha, a
escolha da obra vencedora que receberá um prêmio de R$ 10 mil cruzeiros.Os demais artistas recebem R$ 5 mil por sua participação no Simpósio.
Além da premiação em dinheiro, outra obra
será escolhida pelo público visitante das escolas, e receberá uma escultura do
curador do evento, também reconhecido escultor, João Bez Batti.
As
obras permanecerão no município
enriquecendo o patrimônio artístico e cultural, que somadas às dez obras
produzidas na edição do ano passado já serão 20 esculturas ao ar livre.
A visitação na Rua Dr. Rolando Gudde (próximo à
Casa das Artes), no bairro Planalto, é gratuita, aberta ao público diariamente
das 9h às 12h e das 14h às 17h.
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