“Pesquisa
revela um gasto superior a 2x que a média das outras olimpíadas”
As Olimpíadas de Tóquio é
considerada as olimpíadas mais caras em volume financeiro já investido por um
país para sua preparação. No total, o Japão investiu mais de 28 bilhões de
dólares, quase 30% a mais que a segunda olimpíadas mais cara já produzida
(Rússia, em 2014), e mais que duas vezes a média gasta pelos outros países (12
bilhões de dólares).
É o que revela um estudo
divulgado pela plataforma CupomValido.com.br que reuniu dados do Comitê de
Olimpíadas Internacional e Statista, sobre as olimpíadas.
O Brasil não ficou muito para
trás, com as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, o país ficou em 4ª posição
com um dos maiores gastos envolvendo as olimpíadas, totalizando 13.7 bilhões de
dólares.
O alto custo pode ser explicado principalmente por dois motivos.
O primeiro motivo está
relacionado ao orçamento previsto inicialmente para o investimento nas
olimpíadas. Como existem diversas variáveis, o orçamento está sujeito a
incertezas, que resultada em grandes estouros de gastos.
Desde 1960, todas as olimpíadas
realizadas, sem exceção, tiveram um gasto superior que orçamento inicial
planejado. No caso de Tóquio, houve um aumento de três vezes o custo inicial
planejado.
O segundo motivo pode ser
explicado pela postergação do evento pelo COVID, com data inicialmente
programada para 2020.
Estima-se que o Japão teve uma
perda de mais de 5,7 bilhões de dólares, com gasto adicionais com manutenção,
custo com cancelamentos e reorganização do evento.
Além do custo para produção do
evento sair maior, a receita caiu significativamente, pois mais de 800.000
ingressos foram reembolsados por solicitado de cancelamento pelos compradores.
A pandemia afetou também o
método de preferência para assistir as olimpíadas. Diferentemente dos anos
anteriores que a preferência era assistir o evento no local, neste ano 59,8%
das pessoas preferiram assistir de casa, contra 7,6% no local do evento.
Grande parte da população
ainda é contra a realização das olimpíadas num panorama de contaminações do
COVID. Segundo a pesquisa, 57% da população é contra a realização das
Olimpíadas de Tóquio, e no Brasil este número é ainda maior, 68% da população é
contraria.
O Japão realizou uma campanha
onde foram arrecadadas 78 toneladas de equipamentos e 6.2 milhões de telefones
usados.
Isso resultou em 32kg de ouro
puro, 3.500kg de prata e 2.200kg de cobre, que depois foram utilizados para a
fabricação das medalhas.
Um fato curioso, é que a
medalha de ouro contém 550 gramas de prata e somente 6 gramas de ouro. No total
a medalha de ouro vale R$4.109, a de prata R$2.288 e a de bronze R$21 (cobre é
um material extremamente barato).
Lembrando que este é o custo
levando em consideração somente os preços dos metais utilizados na fabricação.
É possível encontrar medalhas nos sites de leilões por até R$250.000. No
entanto, para muitos atletas, o preço de uma medalha é impagável.
Novas modalidades esportivas
As Olimpíadas de Tóquio terão
33 modalidades de esportes, e 22 na Paraolimpíadas. O atletismo é o esporte
mais popular, seguido de beisebol e futebol, respectivamente.
Recentemente foram adicionadas
as modalidades karatê, skate, escalada esportiva e surfe. Nas Paraolimpíadas,
foram recentemente adicionados o badminton e taekwondo.
No total 11.500 atletas irão
participar das olimpíadas, sendo o atletismo o esporte com mais participantes,
no total são 1.900 atletas. Esportes aquáticos e ciclismos seguem em segunda e
terceira posição, com 1.410 e 528, respectivamente.
Fonte: Comitê de Olimpíadas Internacional, Cupom Válido, Statista
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