Turismo da Vacina

As diferenças da vacinação contra a Covid-19 ao redor do mundo fizeram surgir um tipo de turismo diferente, dedicado a viajar para receber as doses de imunizantes contra o coronavírus. Alguns países como Estados Unidos, Rússia e Cuba já acenaram à vacinação de não residentes. Entre os identificados com a nova modalidade, prontos para fazer as malas em busca da imunização, alguns brasileiros que saíram do país com destino aos EUA, onde estão apresentando ampla oferta de doses. No estado da Flórida, por exemplo, ao menos 210.000 pessoas que não residem na região receberam a vacina. O Alasca, a partir de junho,  também vai oferecer imunizantes a todos que chegarem pelo aeroporto do estado. 

A Organização Mundial de Saúde já disse que, devido à escassez global de imunizantes, não apoia vacinação de turistas antes que a população mais velha e os trabalhadores na linha de frente da área de saúde dos países mais pobres tenham sido imunizados. Isso parece uma realidade ainda distante, porém não impede que a desigualdade global comece a alimentar o turismo da vacina, segregando quem não tem acesso ao imunizante. O polêmico modelo de negócio suscita questões éticas, mas há entusiastas, ávidos pela recuperação do setor de viagens internacionais, o  mais afetado mundialmente pela pandemia.

“Vamos assegurar que você seja vacinado ao vir nos visitar”

Visite Nova York e saia vacinado contra Covid-19. Este é o plano apresentado hoje(7/5) pelo prefeito da Big Apple, Bill de Blasio, para reaquecer o turismo na cidade: oferecer vacina aos turistas nas principais atrações da cidade.

O prefeito pretende criar centros de vacinação móvel em vans que ficariam estacionados em pontos turísticos como o Empire State Building, Times Square, Brooklyn Bridge, Central Park e High Line, dentre outros.

“Essa é uma mensagem positiva aos turistas. Venham, é seguro e nós vamos cuidar de você” disse o prefeito, adicionando que “Vamos assegurar que você seja vacinado ao vir nos visitar”.

 A vacina a ser utilizada Janssen, é administrada em apenas uma dose. Assim os turistas não precisariam ficar um longo período na cidade para ficarem imunizados.

Para entrar em ação, o plano depende da luz verde do Governo do Estado de Nova York, que precisa alterar as atuais regras de vacinação, que permitem apenas que seja vacinado quem mora ou trabalha no Estado.

Lembrando que isso não muda em nada a situação dos brasileiros, que seguem impedidos de viajar para os Estados Unidos sem fazer quarentena de 14 dias em um terceiro país como Panamá ou México.

Mas as perspectivas de uma abertura parecem melhores, já que o país atingiu a marca de 75% de vacinados com pelo menos uma dose, segundo o medidor do jornal The New York Times.

fotos: divulgação