"Para os que se preocupam com qualidade, o
prestígio é a coisa mais importante. Acredito sempre na alta-costura e desejo
que ela dure até o fim da minha carreira. Sempre a defendi, com a perfeição que
ela implica. Não há duas maneiras de se exercer a profissão. Sucesso não é
prestígio. O sucesso é passageiro, o prestígio é outro assunto. Ele persiste
depois da gente. É preciso trabalhar para não ter trabalhado em vão." Givenchy
Quem vai para Madrid, não pode deixar de visitar o Museu Thyssen-Bornemisza
que está apresentando a primeira grande retrospectiva sobre
o trabalho do estilista frances Hubert de Givenchy.
A mostra oferece um enfoque excepcional das
criações de Givenchy, desde a abertura
de sua Maison em Paris, em 1952, até sua aposentadoria em
1995. Mais de uma centena de modelos vindos de museus e coleções particulares de
todo o mundo – muitos inéditos para o público .
Até ao dia 18 de janeiro é possível ver os vestidos e as obras de alta costura desenhadas para centenas de celebridades, entre elas Grace Kelly, Jackie Kennedy,
a duquesa de Windsor, Elizabeth Taylor, Greta Garbo e
sua musa Audrey Hepburn.
Givenchy é o responsável por a exposição onde assumiu o
papel de curador da mostra. É dele a seleção
dos vestidos, os textos e legendas que acompanham o seu espólio e escolha das obras da Coleção do museu, entre
as quais se incluem telas de artistas como Joan Miró, Sonia y Robert Delaunay, Georgia O´Keeffe, Francisco de Zurbarán e John Singer Sargent.
Esta é a primeira mostra
dedicada por inteiro à moda organizada pelo museu madrileno.
A musa Audrey Hepburn
A exposição dedica um capítulo especial à frutífera relação profissional e de amizade iniciada em 1953 e que se prolongou durante toda a vida da atriz Audrey Hepburn (1929-1993). A atriz traduzia o ideal de elegância e glamour que Givenchy queria para suas roupas. Era a mulher perfeita para vestir suas criações. "Eu trabalho mais sobre modelos vivos que com manequins de madeira. Os manequins vivos são fonte de inspiração. Audrey Hepburn encarnou, para mim, um ideal feminino, por suas proporções e também por sua imagem."Audrey vestiu modelos de Givenchy em alguns de seus filmes mais conhecidos, como “Sabrina”, “Funny Face”, “Breakfast at Tiffany’s”, “How to steal a Milion”… Dizia ela: “A roupa de Givenchy é a única com que me sinto eu mesma. Ele é mais que um estilista, é um criador de personalidade”.
Hubert James Taffin de Givenchy
Um
vídeo integra a retrospectiva apresentando sua vida e seu trabalho.Hubert James Taffin de Givenchy nasceu em Beauvais, na França, em 1927. Filho do marquês Lucien Taffin de Givenchy e de Béatrice de Givenchy, seu avô dirigia uma oficina de tapetes em Beauvais.
Aos dez anos, ao visitar uma exposição de figurinos dos mais famosos estilistas franceses, ele se identificou imediatamente com o universo luxuoso da alta-costura. Aos 17 anos Givenchy foi para Paris, levando uma pasta cheia de desenhos. Trabalhou nas casas de Jacques Fath, Robert Piguet, Lucien Lelong, Christian Dior e Elsa Schiaparelli. Abriu sua própria maison em 1952, e o reconhecimento foi quase imediato.
Conjunto de noite usado por Jackie Kennedy - 1961 |
Em 1973, entrou para o mundo da moda masculina, com o lançamento da linha Gentleman Givenchy
Em 1981 a Maison Givenchy foi vendida. A linha de perfumes ficou com a Veuve Clicquot e a parte de alta-costura foi para o Grupo Louis Vuitton Moët Hennessy . Atualmente, a Louis Vuitton também é proprietária da linha de perfumes fabricados pela Givenchy.
Foi o criador da blusa de
babados nas mangas, batizada de Bettina, do vestido
“chemisier", dos modelos separáveis - peças que podem ser combinadas
entre si - e das blusas de tecidos de camisas.
A blusa Bettina
|
Givenchy despediu-se das passarelas em 1995, com um desfile para o qual
foram convidados apenas amigos pessoais, estilistas e principais clientes.
Serviço:
Museu Thyssen-Bornemisza
Paseo del Prado, 8 28014 Madrid
www.museothyssen.org
Salas de Exposições Temporais do Museu Thyssen-Bornemisza. Planta baja.
Horário: de terças a domingos das 10 as 19 horas. Sábados até as 21horas.
Preços: Exposição Hubert de Givenchy - 11 euros
Entrada combinada acervo Thyssen-Bornemisza e exposição Hubert de Givenchy -17 euros
Maiores de 65 anos, pensionistas, estudantes:
Exposição Hubert de Givenchy - 7 euros
Entrada combinada acervo Thyssen-Bornemisza e exposição Hubert de Givenchy - 9 euros
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