"Daniel Toledo,
advogado e especialista em Direito Internacional, esclarece dúvidas sobre o assunto e alerta em relação aos cuidados que devem ser tomados
no país"
Muitas pessoas têm o sonho de estudar ou realizar um intercâmbio nos Estados Unidos e, para isso, o primeiro passo é fazer a solicitação de um visto que autorize a permanência desse estudante no país. Porém, o processo não é simples e possui algumas etapas bem rigorosas, tanto de modo presencial quanto online. Além disso, o solicitante deve apresentar uma série de documentos obrigatórios para o preenchimento dos formulários.
Em 2020, foram emitidos 362.896
vistos para estudantes e, atualmente, existem 1.169.464 estudantes nos Estados
Unidos com vistos das categorias F e Mm de acordo com recentes informações
divulgadas pelo portal https://studyinthestates.dhs.gov/students .
Segundo o advogado Daniel Toledo,
especialista em Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio
do LeeToledo PLLC, a dúvida entre realizar a solicitação de visto no Brasil ou
já em solo americano é uma das mais latentes entre os estudantes. “Primeiro é importante
diferenciar as situações. Se a pessoa já está nos EUA, ela não fará uma
solicitação de visto, mas sim uma alteração do status em relação a modalidade
que já possui. E, de qualquer maneira, esse novo visto precisará ser aplicado
em algum dos consulados espalhados pelo mundo. Sobre uma tratativa ser mais
fácil que outra, acredito que não exista esse tipo de situação. A solicitação
segue os mesmos protocolos em qualquer lugar do mundo, inclusive dentro dos
Estados Unidos”, pontua.
O especialista destaca, no entanto,
que pedir um visto de estudante nos dias de hoje é um desafio em qualquer
consulado. “Nos últimos tempos, notamos que diversas solicitações para essa
categoria vêm sendo negadas. Isso acontece como uma medida contra os altos
números de overstay, que é a permanência além do tempo permitido nos EUA. Dados
do DHS apontam que dos quase 2 milhões de brasileiros com vistos para turismo
ou negócios, aproximadamente 50 mil permaneceram além do tempo estipulado.
Entre os 60 mil estudantes brasileiros que tinham a saída do país esperada,
mais de 2 mil são suspeitos de terem permanecido ilegalmente no país”, lamenta.
As principais categorias de vistos
para estudantes são:
F-1: O mais comum, voltado para estudantes matriculados em cursos
acadêmicos;
M-1: Para estudantes que farão um curso não vinculado a instituições de
ensino, como, por exemplo, cursos oferecidos por empresas;
J-1: Para estudantes matriculados em cursos curtos, de pós-graduação ou
intercâmbio de trabalho.
Toledo alerta, ainda, que vistos como o F1 não permitem que o estudante trabalhe nos Estados Unidos. “Só é possível trabalhar se depois de concluir o seu curso o solicitante consiga um Treinamento Prático Opcional (OPT), que vai permitir adquirir uma autorização de trabalho. Apenas com visto F1 não se pode trabalhar em hipótese alguma, mesmo que seja um trabalho informal. Isso é considerado uma prática ilegal e pode acarretar uma série de problemas em solicitações futuras”, finaliza.
Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.
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