O Senado aprovou ontem o
projeto de lei que estabelece um novo marco legal para o mercado de câmbio. A
proposta desburocratiza procedimentos e regulamentações para a compra e venda
de moeda estrangeira no Brasil e abre espaço para que pessoas físicas possam
ter conta em dólar no país.
Entre as medidas aprovadas está o aumento do limite de dinheiro em espécie que cada passageiro poderá portar ao sair ou entrar no Brasil sem declarar. Em vez dos atuais R$ 10 mil serão US$ 10 mil, ou o equivalente em outra moeda. É mais de cinco vezes o valor atual, considerando a cotação atual do dólar.
Negociações de pequenos
valores de moeda estrangeira entre pessoas físicas também serão liberadas,
limitadas a US$ 500. A medida visa impulsionar o desenvolvimento de
plataformas para negociação de câmbio, como acontece em outros países.
O projeto segue agora para
sanção do Presidente da República e entrará em vigor após a publicação no
Diário Oficial. Como a proposta foi encaminhada pelo próprio Banco Central, com
anuência do poder executivo, não são esperados vetos nos principais itens
do projeto.
Para o Banco Central, a nova
regulamentação trará uma “revolução” no mercado de câmbio, que ainda é regido
por uma lei de 1935. “O Brasil passa a ter uma legislação semelhante às
das nações mais desenvolvidas com relação ao câmbio e ao respeito ao capital”,
destacou também Carlos Viana (PSD-MG), relator do projeto no Senado.
Conta em moeda estrangeira
Pagamento em moeda
estrangeira
A proposta aumenta a lista de
casos em que será permitido o pagamento em moeda estrangeira de obrigações
devidas no território nacional. Passam a ser permitidos os pagamentos de
contratos de arrendamento mercantil (leasing) feitos entre residentes no Brasil
se os recursos forem captados no exterior.
Remessas ao exterior
Fonte: Agência Senado
Fotos: divulgação
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