Nomes de destaque no turismo,
em especial da hotelaria, enfatizaram a importância da construção de um centro
de convenções em Porto Alegre, com capacidade para 10 mil pessoas, para
incentivar a realização de feiras, congressos e afins na cidade. Segundo
especialistas do setor, esta seria uma forma de elevar a ocupação dos leitos.
Em evento realizado no Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e
Região (Sindha), no início da semana no Plaza São Rafael, o presidente do
Sindicato dos Hotéis de Porto Alegre (SHPOA), Carlos Henrique Schmidt reforçou
que a expectativa para 2016 são os encontros científicos voltados aos médicos.
Presidente do SINDHA abrindo o Fórum |
Segundo Guilherme Paulus,
fundador da CVC e empresário à frente da GJP Hotéis e Resorts, um balanço da
situação do setor aponta dois desafios a gestores e profissionais da área.
Primeiro, maior profissionalização, em especial sobre termos de pesquisas de
habitabilidade e estruturas de gestão. Segundo, a capacidade do acolhimento.
Josimar Melo, jornalista e crítico gastronômico da Folha de São Paulo, ao
viajar pelo mundo, aponta como tendência lugares para se hospedar que façam os
visitantes se sentirem bem. “Exemplo disto são os hostels. O futuro é o hotel
bacana, limpo e com um design diferenciado. Simplificação não significa
precariedade. Isto requer ousadia, criatividade, ter qualidade e não perder o
foco”, disse ele.
Fundador e diretor-geral da
Rede Intercity, Alexandre Gehlen acrescentou ainda outro fenômeno, a
segmentação de marcas. “Tanto o superior quanto o econômico, os visitantes
querem vivenciar o lazer local”, disse. Carlos Henrique Schmidt, diretor-superintendente
da Rede Plaza de Hotéis, de mesma opinião, confirmou algumas tendências do
mercado americano como o hotel boutique e também a utilização de tecnologia,
como senhas de entrada, tanto nos estabelecimentos, como nos quartos.
A pluralidade e a diversidade,
nas palavras de Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de
Hospedagem e Alimentação (FBHA) e presidente do Conselho de Turismo da
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), também
podem ser aplicadas nos negócios. “Existe espaço para todo mundo”, acrescenta.
O líder empresarial, no entanto, aponta dificuldades nas legislações
trabalhistas e tributárias e outros projetos de lei que acabam onerando a
atividade. “Os sindicatos e entidades precisam trabalhar em conjunto na defesa
de interesses, pois as dificuldades são crescentes”, finalizou.
Texto de Adriana de Barros Machado
fotos: SINDHA
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