terça-feira, 17 de novembro de 2015

Porto Alegre:Saída para a hotelaria é a construção do Centro de Eventos

Nomes de destaque no turismo, em especial da hotelaria, enfatizaram a importância da construção de um centro de convenções em Porto Alegre, com capacidade para 10 mil pessoas, para incentivar a realização de feiras, congressos e afins na cidade. Segundo especialistas do setor, esta seria uma forma de elevar a ocupação dos leitos. Em evento realizado no Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), no início da semana no Plaza São Rafael, o presidente do Sindicato dos Hotéis de Porto Alegre (SHPOA), Carlos Henrique Schmidt reforçou que a expectativa para 2016 são os encontros científicos voltados aos médicos.
Presidente do SINDHA  abrindo o Fórum
Segundo Guilherme Paulus, fundador da CVC e empresário à frente da GJP Hotéis e Resorts, um balanço da situação do setor aponta dois desafios a gestores e profissionais da área. Primeiro, maior profissionalização, em especial sobre termos de pesquisas de habitabilidade e estruturas de gestão. Segundo, a capacidade do acolhimento. Josimar Melo, jornalista e crítico gastronômico da Folha de São Paulo, ao viajar pelo mundo, aponta como tendência lugares para se hospedar que façam os visitantes se sentirem bem. “Exemplo disto são os hostels. O futuro é o hotel bacana, limpo e com um design diferenciado. Simplificação não significa precariedade. Isto requer ousadia, criatividade, ter qualidade e não perder o foco”, disse ele.
Fundador e diretor-geral da Rede Intercity, Alexandre Gehlen acrescentou ainda outro fenômeno, a segmentação de marcas. “Tanto o superior quanto o econômico, os visitantes querem vivenciar o lazer local”, disse. Carlos Henrique Schmidt, diretor-superintendente da Rede Plaza de Hotéis, de mesma opinião, confirmou algumas tendências do mercado americano como o hotel boutique e também a utilização de tecnologia, como senhas de entrada, tanto nos estabelecimentos, como nos quartos.
A pluralidade e a diversidade, nas palavras de Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e presidente do Conselho de Turismo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), também podem ser aplicadas nos negócios. “Existe espaço para todo mundo”, acrescenta. O líder empresarial, no entanto, aponta dificuldades nas legislações trabalhistas e tributárias e outros projetos de lei que acabam onerando a atividade. “Os sindicatos e entidades precisam trabalhar em conjunto na defesa de interesses, pois as dificuldades são crescentes”, finalizou.
Texto de Adriana de Barros Machado
fotos: SINDHA

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