quarta-feira, 8 de março de 2023

8 de março - 5 filmes para inspirar mulheres a viajarem sozinhas pelo mundo

 

Ao longo da história, as mulheres tiveram sua liberdade de ir e vir reduzidas, sendo, por muito tempo, confinadas à esfera doméstica, com seus comportamentos ditados e estabelecidos pelo patriarcado.

No Brasil, elas conquistaram o direito ao voto somente em 1932, o que pleiteavam desde 1891. E somente em 1962 uma lei federal permitiu que as casadas não precisassem mais da autorização do marido para trabalhar. E mais: só em 1974 elas conquistaram, pasmem, o direito a ter um cartão de crédito. Isto mesmo: até aquele momento, as solteiras ou divorciadas que solicitassem essa facilidade no banco eram obrigadas a levar um homem para assinar o contrato!

Por isso tudo, vamos celebrar, neste mês de março, a conquista das mulheres viajantes solo, algo que no passado era quase que impraticável.

“Viajar é sempre uma experiência transformadora, que preenche a alma, expande os horizontes e traz autoconhecimento ”, diz o especialista Silvio Sallowicz, CEO da Duo & Ecco, empresa referência em viagens de incentivo. “E aventurar-se na própria companhia é uma vivência que liberta, pois permite que sejamos nós mesmos, sem rótulos”, conclui.

Confira, a seguir, 5 filmes recomendados por Silvio Sallowicz, que tem mulheres viajantes como protagonistas.

Livre (Wild. Direção: Jean-Marc Vallée. EUA, 2014) : baseado na história real de Cheryl Strayed, o filme estrelado por Reese Witherspoon mostra como a americana, após a morte da sua mãe e vários problemas pessoais, resolve fazer uma jornada de redescoberta cruzando mais de 1.800 km sozinha pela costa oeste dos Estados Unidos, superando as dificuldades que aparecem no caminho, junto com suas próprias questões pessoais.

Comer, Rezar, Amar (Eat Pray Love. Direção: Ryan Murphy. EUA, 2010). Baseado no romance homônimo da romancista Elizabeth Gilbert (vivida por Julia Roberts), traz a trajetória de redescoberta da jornalista que, após uma crise existencial, abandona sua vida cotidiana para viajar por três países: Itália, Índia e Indonésia. Além das lindas paisagens, o filme também é uma verdadeira inspiração para tornar a viagem dos sonhos em realidade.

Sob o Sol da Toscana (Under The Tuscan Sun. Direção: Audrey Wells. EUA, Itália, 2003). Nesse filme belíssimo, um dos pontos principais é a beleza do vilarejo de Cortona, na Toscana, para onde a protagonista, a escritora Frances Mayes, se muda após um divórcio conturbado. Além da história de redescoberta do amor, o filme também é uma ótima pedida para quem quer mergulhar na cultura italiana.

Antes do Amanhecer (Before Sunrise. Direção: Richard Linklater. EUA, Áustria, 1995). Retrata a inusitada história de Celine, estudante francesa, vivida por Julie Delpy, que se encontra casualmente com o jovem americano Jesse, no seu último de uma viagem de trem pela Europa. Com a limitação do tempo pairando sempre no ar, a trama cheia de romance e reflexões é recheada pela bela fotografia de paisagens européias, principalmente de Viena.

Vicky Cristina Barcelona (Vicky Cristina Barcelona. Direção: Woody Allen. Espanha, EUA, 2008). Ambientado na incrível Barcelona, na Espanha, o filme mostra vários pontos turísticos e também a saga de duas americanas, Vicky e Cristina, que vão passar as férias na cidade catalã e acabam se apaixonando pelo mesmo homem, o artista Juan Antonio. Além de passagens bastante divertidas, o filme faz pensar também sobre conflitos e desencontros que envolvem o amor e a amizade.


Sobre o Dia Internacional das Mulheres

O Dia Internacional das Mulheres teve origem no movimento operário e se tornou um evento anual reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Suas sementes foram plantadas em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York exigindo a redução das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto. Um ano depois, o Partido Socialista da América declarou o primeiro Dia Nacional das Mulheres.

A proposta de tornar a data internacional veio de uma mulher chamada Clara Zetkin, ativista comunista e defensora dos direitos das mulheres.

Ela deu a ideia em 1910 durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague. Havia 100 mulheres, de 17 países, presentes, e elas concordaram com a sugestão dela por unanimidade.

A data foi celebrada pela primeira vez em 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. E seu centenário foi comemorado em 2011 — então, neste ano, estamos tecnicamente comemorando o 111º Dia Internacional das Mulheres.

Mas o Dia Internacional das Mulheres só foi oficializado em 1975, quando a ONU começou a comemorar a data.

E se tornou uma ocasião para celebrar os avanços das mulheres na sociedade, na política e na economia, enquanto suas raízes políticas significam que greves e protestos são organizados para aumentar a conscientização em relação à contínua desigualdade de gênero.

Abraçar a equidade: o tema do Dia Internacional da Mulher 2023

O tema da campanha do Dia Internacional da Mulher 2023 - International Women´s Day 2023 - é abraçar a equidade #AbraçaraEquidade #EmbraceEquity. As palavras equidade e igualdade são frequentemente usadas como sinônimos, mas a verdade é que elas se referem a conceitos diferentes. No contexto da diversidade e inclusão, é fundamental entender a diferença entre equidade e igualdade para respeitar verdadeiramente as diversidades e ser, de fato, inclusivo.

O conceito de igualdade, de forma geral, está relacionado com: tratar todos de forma igual e garantir que todos os indivíduos tenham acesso às mesmas oportunidades. A equidade pode ser entendida como a busca pelo acesso à justiça social, reconhecendo que não somos todos iguais, que nem todos começam do mesmo lugar e que é preciso um esforço em alocar os recursos e oportunidades necessários para todos sejam bem-sucedidos. Imagine duas pessoas, uma baixa e outra alta, tentando alcançar os livros em uma estante. Se ambas usassem escadas do mesmo tamanho, a mais alta conseguiria alcançar os livros, enquanto a mais baixa, não. 

fotos: divulgação

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