quarta-feira, 27 de março de 2024

Paixão de Cristo de Nova Jerusalém 2024 encerra neste sábado

 “55 anos emocionando e inspirando espectadores do Brasil e exterior”

                                                                                                          @Felipe Souto Maior

É tempo de Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, a mais grandiosa atração teatral sobre a vida e morte de Jesus Cristo realizada em solo brasileiro, no agreste pernambucano.

A temporada 2024 começou no dia 23, sábado, e permanece até o próximo sábado (30).  Este ano um público de aproximadamente 11 mil espectadores compareceu a estreia do espetáculo   o que representou um aumento significativo de 22% em relação ao ano anterior.

Essa é uma atração para o público de todas as idades, um espetáculo que emociona com uma dramatização impactante associada a um visual deslumbrante, repleto de efeitos especiais. A mega peça teatral, que conta a história de Jesus, é encenada em uma cidade-teatro com nove palcos-plateia localizada no município do Brejo da Madre de Deus, agreste de Pernambuco, a 180 km do Recife.

Realizada desde 1968, no que é conhecido como o maior teatro a céu aberto do mundo, a apresentação atrai, durante a Semana Santa, cerca de 70 mil pessoas do mundo todo que se emocionam com uma encenação realizada em magníficos cenários de cores vivas e concepção única criada por artistas pernambucanos.

Imersos nesse ambiente mágico da cidade-teatro, os espectadores são contagiados pela emoção que brota da história mais marcante da humanidade que, na peça, tem início com a cena mágica do Sermão da Montanha e termina com a espetacular ascensão de Jesus aos céus.

Todos os anos a peça se renova, mantendo o essencial, porém com personagens novos nos principais papéis. Novos não significa “jovens”, mas sim outras figuras famosas por sua trajetória profissional. Em 2024, a Paixão de Cristo conta com a participação especial dos artistas convidados Allan Souza Lima, no papel de Jesus; Mayana Neiva, fazendo Maria e Dalton Vigh, interpretando o governador romano Pôncio Pilatos.

                                                                                                   @Wlker Mattos

A direção artística é de Lúcio Lombardi e do assistente especial de direção Alberto Brigadeiro. Nos bastidores, a Paixão agrega cerca de 600 profissionais incluindo técnicos, eletricistas, sonoplastas, contrarregras, maquiadores, cabeleireiros, camareiras, entre outros. A coordenação geral de toda essa equipe é de Robinson Pacheco, presidente da Sociedade Teatral de Fazenda Nova.  Para Robinson Pacheco, o significativo aumento de público, que vem aumentando de ano a ano, reflete não apenas a popularidade duradoura da encenação, que há 55 anos tem emocionado e inspirado espectadores de todo o Brasil e do exterior, mas também a crescente relevância e apelo deste evento teatral único. A expectativa dos organizadores é de que este ano a encenação receba cerca de 70 mil pessoas nos oito dias de apresentações.

O espetáculo

Ao longo do espetáculo, as dezenas de personagens alternam cerca 2 mil figurinos produzidos pelas mãos delicadas das costureiras da localidade conhecida como Fazenda Nova, distrito do Brejo da Madre de Deus, sob o olhar meticuloso da arquiteta e figurinista Marina Pacheco, que coordena o desenvolvimento das peças que é produzido com base em extensa pesquisa sobre os trajes usados nos tempos de Jesus.

Nos palcos, a história é vivida por 50 artistas pernambucanos de grande talento, além de cerca de 400 figurantes.

Nos últimos 25 anos, cerca de 120 artistas renomados do teatro, cinema e TV do Brasil emprestaram seus talentos para abrilhantar a Paixão de Cristo.

Cidade Teatro de Nova Jerusalém

A cidade teatro de Nova Jerusalém, que tem título de Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco e do Brasil, é uma obra prima inspirada na arquitetura judaico/romana da época de Jesus, que levou 40 anos para ficar pronta, o que acorreu em 1986.

Idealizado e construído por Plínio Pacheco, um gaúcho ligado ao meio artístico, numa área de 100 mil metros quadrados, de forma que o público fica andando entre os muitos palcos, seguindo a peça ou os personagens para onde essas se novem. A magnífica cidade-teatro é cercada por muralhas de pedra granítica de três metros de altura e conta em seu perímetro com 70 torres de sete metros. Em seu interior, nove palcos-plateia reproduzem cenários naturais, arruados, lagos, jardins, com muitas plantas do agreste, e palácios, além do Templo de Jerusalém.

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